Exibido em: 25-Mar-2022
Ultima edição: Denis Gomes | Editar minissinopse |
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Tem gente que diz que a novela decaiu por terem a esticado, mas a novela originalmente teria 155 capítulos, foi encurtada para 107 porque a Globo tinha receios da trama não agradar o publico, só depois que esticaram por causa dos atrasos em Pantanal (a atriz que faz a irmã do Breno reclamou sobre, pois jogaram todo o plot dela no lixo).
Eu posso supor que esse corte drástico deve ter prejudicado algumas tramas. Teve muita coisa que foi mal desenvolvida: A Cecilia foi estuprada em uma boate e ficou por isso mesmo. A Nicole pelo visto continuou odiando o corpo dela e pessoas gordas, mas vejam só; se conformou com o Paco. Citaram diversas vezes que a Barbara poderia ter algum problema psicológico para justificar seu comportamento, mas nunca chegaram a se aprofundar nisso. As chantagens do Túlio para nada, ele morre de repente e não levou a trama a lugar algum, só enrolou. Mas tem coisas que acho que a Lícia queria jogar pro final mesmo e que deixou muito a desejar. Essas descobertas todas no último capitulo e essa passagem de tempo para amenizar e resolver as coisas foi péssimo. Boa parte do publico queria ver a queda do Christian ser bem trabalhada, gradualmente, mas não tivemos isso. E é essa a sensação que eu fico em relação a Um Lugar Ao Sol: carece de boas conclusões. Quando as coisas não se resolviam magicamente, com mortes ou passagens temporais, simplesmente ficava por isso mesmo. Até que gostei do final do Christian. As últimas cenas foram lindas, mas esses atores mirins são péssimos. Ainda não engulo Ravi e Lara, eles não tem química nenhuma, preferia a Lara até mesmo com o Christian do que com o Ravi. O povo pode reclamar do final da Bárbara, mas para mim faz todo o sentido. Ela sempre repetirá os mesmos erros, porque ela não se vê como errada, ela sempre distorce a realidade para não se ver como o problema. É a primeira novela da Manzo que eu assisto e apesar dos diversos problemas de desenvolvimento e desfechos questionáveis, agora entendo quando as pessoas falam sobre a sensibilidade dela em criar personagens e a complexidade dos mesmos, uma pena que Um Lugar Ao Sol não conseguiu o seu lugar ao sol.
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É inacreditável, Renato.
Como que a Lícia me tira a cena em que o elenco descobre o grande segredo da novela.
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Esperava: Barbara descobrindo tudo numa cena chocante.
Recebi: Reginaldo Faria tocando violão no Escondidinho da Noca
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a autora já falou em algum lugar sobre o que rolou na hora de escrever esse roteiro? porque essa era uma novela MUITO sólida com um começo e uma premissa incríveis. todos os personagens tinham um espaço pra crescer e impactar na trama. mas parece que chegou nos 70% e alguma coisa mudou... aceleraram coisa, jogaram uns enredos e personagens no lixo, fizeram umas reviravoltas idiotas e sem motivo (até agora sem entender a morte da joy, a utilidade do túlio na trama além de ser ENTULHO, a rebeca ter voltado com o ex marido, a vilanificação da stephany... a lista segue). a gente perde tanto tempo seguindo umas coisas que não vão a lugar nenhum - a cecília e o breno, por exemplo, dois personagens que eu detestava e que comeram tantas cenas a toa? o christian tendo todo um arco de corrupção de personagem pra no fim das contas ser perdoado e "voltar" a ser bom moço? alguém acredita nisso? a lara acredita nisso?!
eu vou lembrar essa novela como uma que foi muito bem escrita e tinha muito potencial, mas que por motivos que eu imagino tenham vindo de cima, teve um final todo remexido. uma pena, sério. a gente merecia no mínimo ver a revelação do christian e a reação dos personagens. era o mínimo.
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O balanço final sobre essa novela é que ela não foi uma novela. Eu não sou conservador com relação a novelas, me sinto bem aberto a experimentações. Mas há elementos básicos do gênero que não se pode abrir mão. Exemplo: novela é melodrama é assim vai ser sempre. Se não for melodrama, aí estamos falando de filmes ou séries.
Aliás, ULAS me lembra esses filmes ovacionados pelo Oscar: aqueles experimentos cults que trabalham no campo das suposições, que criam expectativas e se recusam a entregar ao espetador aquilo que ele espera ver (algo estilo o A Filha Perdida desse ano). Melodrama pressupõe grandes embates, viradas, diálogos longos e acalorados,, emoção, intensidade… Brasileiro, aliás, é um povo intenso. E a gente precisa ver isso em cena, até para causar identificação. Essas resoluções blasé não tem muito a ver com o público a ser atingido por uma novela. A autora basicamente não soube se comunicar com o público que ela precisava atingir. E não faz questão disso também… Escreveu uma história pra ela, mas não escreveu uma novela. Eu diria até que ela se esquivou de fazer uma novela. Fugiu de toda e qualquer característica de um melodrama. Talvez ache cafona, não sei… Mas se for pra insistir nessa abordagem, que não faça novelas nunca mais.
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