Termino a temporada me perguntando qual foi o propósito dela. De uma forma geral, é evidente que quiseram mostrar como a comunidade lgbt sempre foi repudiada e consequentemente negligenciada - o que infelizmente não é surpresa para ninguém, então não traz novidade alguma -, mas aí abordam HIV/AIDS como uma punição mortal? Punição de/para que? E como se já não bastasse esse conceito duvidoso, ainda tentam fazer poesia em cima dele. Sei lá, talvez eu tenha entendido tudo errado, mas achei bem contraditório.

essa temporada não é pra mim, definitivamente. teve momentos bem AHS, como o mai tai killer e tal, e até entendo a pegada de ser diferente das outras, até porque, essa é a graça de uma antologia... mas o roteiro foi meio meh, não consegui me conectar direito com nenhum personagem e >pessoalmente< acho que o tema da aids foi abordado de uma forma muito rasa, essa metafora do big daddy (que inclusive é um nickname horrivel pra tratar de um assunto sério) também deixou bem a desejar, sem contar outras coisinhas toscas, como as gays com chifrinho de alce vindo buscar quem morria. patti lupone e leslie grossman com divida de jogo, força pras lendas. um bando de homem gostoso sem camisa, algo de que nunca vou reclamar, mas que, sabe, não vale muita coisa quando a história não ta ajudando.

posso estar exagerando mas fiquei BEM incomodado quando, no episódio anterior, o sam é agarrado pelo big daddy e ai falam "the darkness always wins", obviamente se referindo ao BD e ai quando tiram a mascara do cara ele vira um homem branco ???? e loiro ????? e ai rola uma fala sobre transcender ????? mano, que merda, sabe? porque raios se referir a um personagem negro como "trevas" e botar um branco quando chega a hora de transcender? que infeliz essa simbologia que escolheram aqui.

o ryan fez um trabalho primordial em Pose falando sobre aids e a cultura ballroom e lgbt dos anos 80/90 mas nessa temporada de ahs achei tudo bem de qualquer jeito, não fazendo jus ao quão importante foi, usando umas metáforas bem água de salsicha pra disso. sim, a aids foi uma horror HISTORY terrível e justamente por isso merece ser tratada de uma forma menos caricata. deixo aqui a dica da série It's a Sin e da própria Pose pra quem ainda não assistiu, vale muito a pena. quanto a ahs: nyc, cai no esquecimento pra mim assim como death valley.

espero que o proximo ano seja melhor.

Essa temporada foi um lixo e um verdadeiro desserviço à comunidade LGBTQ+, sem contar a forma ridícula e surreal que usaram a HIV/AIDS na trama. Tudo de extremo mau gosto.

Quem pensou que finalizar a série com dois episódios mostrando todos os personagens morrendo lentamente de AIDS seria uma ótima decisão?

Se essa história tivesse tido um desenvolvendo bom, eu até poderia tentar engolir esse desfecho "dramático/artístico" que eles tentaram passar, mas foi tudo um grande lixo. Gente, eu to revoltado kkkk

Essa temporada, que nunca chegou a ser boa, morreu junto com aquele serial killer que queria montar o seu próprio Frankenstein. Não teve mais história depois disso.

E parece que os roteiristas assistiram 2 episódios de POSE e decidiram mudar completamente o final. Usar o Big Daddy como a personificação/metáfora para a AIDS? Sim, claro! Vamos esquecer completamente que a temporada começou abordando ele como um personagem real – que chegou a ser fotografado por um dos protagonistas e ainda causou um incêndio (nada metafórico) em um bar gay.

Enfim, um show de horrores. E não do tipo que merecíamos.

american horror story:dívida de jogo rs

Ver os comentários sobre essa temporada chega a dar raiva. Sério mesmo que o pessoal consegue ser tão raso nas interpretações?

E outra, HORROR não é só jumpscare, sangue voando e membros decepados não!