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Essa teoria do Elliot estar numa instituição psiquiátrica faz todo sentido, isso fez com que eu cavasse um pouco mais na internet para descobrir esses detalhes na narrativa que tem poder de corroborar isso. Observe que ele está perdido em seu espaço interno e esqueceu que está em um sonho. Ele de certo modo tece suas experiências na "prisão" para moldar um ambiente mais confortável e normal, ele cria na verdade uma nova realidade para lidar com a sua vida na prisão. Então nossa, ele está numa prisão ou numa clínica, afinal? Pode ser um dos dois, porque a rotina é o que acusa, mas eu acho mesmo que seria numa prisão porque no final da temporada passada, podemos presumir que a batida na porta que vemos é a do FBI, que então apreende Elliot por conta do ataque 5/9.
"O dia começou como ontem e no dia anterior que é um dia antes disso". Sua rotina é totalmente programada, às 08:00 café, 12:00 almoço, 18:00 jantar. Seu quarto tem uma estrutura muito pequena e retangular e ele não tem acesso à internet, apenas uma mesa e um diario que ele mesmo registra sua rotina diária, como se fosse analógica. Sua mãe surge e ela funciona de forma muito assemelhada com um guarda. Ela diz a ele quando acordar e quando ir dormir. Na sua casa, há listras na parede e essas listras lembram barras de uma prisão. Em muitos momentos na narrativa basta observar atentamente aos outros cenários também, porque bem lá no fundo deles há barras, portões e janelas, seja por exemplo quando ele está caminhando pelo o bairro.
Na hora do café ele aparece no mesmo lugar com a mesma pessoa, Lion, que sempre gosta de falar sobre Seinfield. E quem é esse Leon? Alguém novo, alguém que potencialmente Elliot tenha encontrado na prisão e gosta de dialogar. Elliot também almoça e janta com Leon, ao mesmo tempo, todos os dias. Lá pelas 14:00 há um jogo de basquete, esse pode ser entendido como a hora da "recreação", do intervalo. Elliot também vai para um "grupo da igreja" dois dias por semana e se paramos pra pensar bem, estudo da Bíblia não é incomum na prisão.
No primeiro capítulo da temporada seu encontro com Gideon é estritamente calculado como uma visita à prisão. Eles estão separados, a fotografia da série deixa bem claro essa setorização de espaço, como se houvesse um vidro dividido entre eles. A mãe de Elliot - que seria novamente o guarda - fica na perspectiva do fundo com a intenção de observar a conversa entre eles, mas precisamente a interação. Note que há um momento em que ela pergunta o que está acontecendo, uma reação que normalmente poderia acontecer num espaço de uma prisão com um guarda.
Ray, o que sempre conversa com ele durante os jogos de basquete, pode ser um tipo guarda também e muitas vezes ele aparece com seu cão, o que não é nada de estranho. A maneira como ele se refere aos jogadores de basquete - "animais irracionais", "assassinos" - sugerem que isso é uma possibilidade. Fora que ele tem acesso ao exterior. Sua esposa é fã de Elliot, mas como Mr. Robot frisa, sua esposa - e todos os outros dentro da prisão - não vê o Elliot. Todos eles somente enxergam o cara que derrubou a Evil Corp. Já fora da prisão, Darlene assumiu a liderança da FSociety e outra pessoa está cuidando do Flipper, assim como a Darlene o Qwerty. Sem contar na ligação que ele teve nesse mesmo primeiro capítulo, o estilo do telefone é exatamente igual como um de uma prisão seria, fora que ao redor, nas paredes, há as listras, como se fossem as barras da prisão.
Eu, contudo, fico um pouco atordoado e confuso com tudo, porque até eles decidirem o que fazer com o Elliot, a narrativa sempre vai me deixar na dualidade do que seria ou não realidade, e eu sempre vou me questionar quanto a isso. No entanto, eu acho que essa temporada trabalha com uma não realidade disfarçada, porque se isso tudo é verdade, se ele está morando com a mãe, então porque os federais não foram atrás dele? Onde é que o Tyrell entra nessa história? Ele foi pego pelo o assassinato, o hack ou a sabotagem, para que não suspeitassem do Elliot?
Um momento...I.need_to-take>my/Adderall.
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