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Pra mim, um dos melhores episódios da série. Foi interessante do início ao fim, tanto pelos flashbacks do Philip, quanto pelo foco nesse período da infância do Charles que foi bem complicada.
Sinto muito pelo Philip, muito mesmo. Fiquei com o coração partido por ele em diversas ocasiões de sua vida apresentadas aqui. Tanto pelo sofrimento que teve na escola, sendo vítima de bullying e etc. Quanto pela perda da irmã, a única pessoa com quem ele tinha uma relação afetiva de verdade. A acusação por ele supostamente ser culpado (um ABSURDO, diga-se de passagem). E claro, todo o esforço dele na construção daquele muro, uma forma de colocar pra fora todas as suas frustrações até, por fim, se permitir sentir a perda e lidar com o luto.
Deu pra entender perfeitamente o que ele queria para o Charles mandando-o para a mesma escola. E é válido: nem tudo na vida são flores. Ele acreditou que o filho deveria saber se virar sozinho, se defender, lidar com problemas e etc, o que é absolutamente natural. Philip, após o sofrimento, encontrou apoio naquela escola, naquele diretor e talvez naqueles colegas porque ele não tinha mais ninguém. Este não era o caso do Charles.
Por isso fiquei com pena dele por tudo o que aconteceu e pelo relato no fim do episódio, que ir para aquele local foi quase que uma condenação à cadeia. Também senti muito naquele momento em que ele encontrou conforto nos braços do detetive real, enquanto o Philip estava lá no palco premiando outro menino pela “coragem e força”. E claro, a cena no avião...
Que bom que Charles seguiu o caminho oposto na educação dos filhos. Ele entendeu que você não deve impor e fazer seu filho passar por humilhações para que ele entenda o que é a vida. O que Elizabeth disse quando anunciou que iria retirá-lo da escola é a mais pura verdade: uma criança traumatizada significa um adulto destruído.
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