Foi uma longa caminhada até aqui, mas posso dizer que estou ainda mais satisfeito revendo essa obra depois de mais de 10 anos, agora com olhar mais maduro. É inquestionável o fenômeno que foi Avenida Brasil, mas não há comparação com A Favorita no sentido de resolução de arco, tanto do principal quanto do secundário. Enquanto na primeira vimos vários personagens involuindo e a dualidade da protagonista se perder para dar lugar a uma mocinha padrão de novela, na segunda é nítido o desenvolvimento da Donatela desde sua queda até o seu retorno triunfal para confrontar sua algoz. Pode-se dizer que esse confronto chega ao seu auge no capítulo 194, que é o último capítulo verdadeiramente relevante para a novela. Depois disso tudo soa um pouco menos interessante, mas acho que foi a melhor escolha a ser tomada porque permitiu a conclusão dos arcos secundários, com destaque para Cida e Catarina. O último capítulo traz diálogos marcantes entre Catarina e Vanderlei e Leo e Mariana, mas como nem tudo são flores, faltou um pouco mais da família Rosa e da Maria do Céu nessa reta final.
Primeiramente, havemos de convir que o arco da Alicia é simplesmente desgostoso de assistir, depois de tantas cenas de vergonha alheia tentando ser dona de casa - como se essa fosse a única ideia que o autor conseguiu pensar para a personagem - ela foi completamente deixada de lado na reta final. O mesmo digo sobre Romildo Rosa, mas esse pelo menos já havia tido seu arco concluído há mais de 30 capítulos. Já no núcleo da Maria do Céu, a festa de aniversário surpresa era um bom pretexto para a reconciliação das duas irmãs, em um diálogo que nunca aconteceu. Além disso, seu relacionamento com Orlandinho é lindo mas seria mais inteligente trabalhá-lo como um homem bissexual. Ao invés disso, o autor mais uma vez opta pela cura gay em sua trama, o que inevitavelmente aparenta uma dificuldade de autoaceitação que prevalece em suas obras até hoje - basta perceber que não houve sequer uma novela do autor que apresentasse um personagem gay convicto, e todos aqueles presumidamente gays se casavam com mulheres no final. Enfim, mesmo sabendo que não é nem de longe uma novela perfeita, é certo afirmar que esta é uma das maiores obras não só da tv brasileira, mas como da dramaturgia no geral. As atuações de Patrícia Pillar, Cláudia Raia e Lilia Cabral elevaram tudo que já havia sido visto antes a outro nível, enquanto que a direção de Ricardo Waddington trouxe o teor cinematográfico que a novela precisava - algo que no fututo seria ainda mais evidente em seu trabalho em Avenida Brasil. Muito feliz de ter chegado até aqui e ainda mais de constatar que, mesmo depois de anos, meu carinho pela novela se manterá vivo, agora com admiração ainda maior pelos seus feitos e seu significado.

quero badge!!!

Comecei A favorita quando entrou no globoplay demorei um pouco pra terminar. Os primeiros 60 capítulos são espectaculares, depois disso é interessante o jogo de esconde de Donatela mas em um dado momento cansa, nos últimos 30 capítulos se torna um thriller pra ninguém botar defeito, a impressão que auge da história acontece na inicio da ultima semana, o ultimo capitulo é belo, mas chega esvaziado. Sobre os núcleos secundários, Catarina é o grande destaque de aproveitamento e Alícia de desperdício, todo o potencial e possível uso da personalidade da personagem se vão numa redenção que ela deixa de ser quem é.

É de longe uma das melhores novelas já feitas e foi muito bom acompanhar os longos (1h em média) 197 cap.

Não lembro a quantidade de episódios exatas que vi, nem quais. Mas... Flora melhor que Carminha, sempre!

seguindo com meu objetivo de comentar em todas as novelas q maratonei agora q elas entraram no BDS, segue minha mini review sobre A Favorita:

QUE NOVELA MARAVILHOSAAAAAAA, EU NAO ESPERAVA Q FOSSE SER TÃO FODA, É DISPARADO A MELHOR NOVELA Q EU JA VI, TEM A MELHOR VILÃ DE TODOS OS TEMPOS E UM PLOT PRINCIPAL INCRÍVEL (os secundários sao meio 😴😴 mas relevemos), EU AMO TANTO ESSA NOVELA, QUE SDDS Q ELA FAZ POIS ELA É FODA