Pois é. A sinopse desse episódio já diz tudo.

Estamos cada vez mais presos a tecnologia a nossa volta e, cada vez mais, estamos na busca de terminar com nosso tédio. Chegamos num ponto que, se nosso computador ou nossa TV não conseguir nos distrair, nada mais consegue.

O protagonista, por exemplo, está extremamente entorpecido. Ele sabe o que está acontecendo a sua volta, mas não tem força alguma para mudar isso. Ela está acomodado.
Então, é engraçado ver como algo simples como conhecer uma garota se torna algo "real", diferente dos aplicativos que ele passa a conviver todos os dias.

Além disso, claro que tudo o que se passa na tela é um Facebook mais modernizado, repleto de propagandas (Aliás, quem não acha extremamente chato quando isso acontece do nada, ainda mais nos vídeos do You Tube?). Tem um momento, quando ele está pra pegar uma maça lá no painel, aparece na tela "Quem gostou de maça, também gosta de banana". Acho isso tão engraçado.
Quantas vezes a internet fez suposições pra gente também? xD

O final é realmente triste.
Como Romildo disse, no final das contas, Bing acabou se vendendo pra mídia, apenas pra viver numa "caixa maior" com melhores opções (e melhores aplicativos), sem ter que passar pedalando pelo resto da vida.
Mas aí, do que adianta, se você continuará preso de qualquer forma?

Pode até não ter tido a tensão do piloto, mas pela criatividade e o tom mais crítico, esse daqui é o meu favorito, por enquanto.

A mídia é tão cruel que ela se apropria do discurso que a ataca para se beneficiar disso.

E quem achou o episódio chato provavelmente não entendeu a crítica do episódio..chega a dar vergonha um episódio tão genial com essa média

E o fim, se você pensar bem, é óbvio. Tudo - eu disse tudo! - se transforma, de uma forma ou de outra, num produto midiático. Até o lindo e politizado discurso de nosso bom protagonista ganhou seu lugarzinho lá no tal canal. Não conheço ninguém que ao receber uma proposta equivalente a que ele recebeu também não cairia na tentação. Digo e repito, tudo e todos podem - e se transformam - em lenha, fazendo a fogueira (da inquisição... perdoem a piada) da social media queimar cada vez mais forte e insistentemente.

Como já dizia Rousseau: "o homem nasce bom e a sociedade o corrompe." Assim é a tecnologia, crítica tão bem feita que a gente acaba o episódio com uma sensação de vergonha das nossas próprias atitudes.