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"But the thing about being white is it blinds you. It's easy to see the black man as cursed because you've separated yourself from him."
Esse diálogo no começo resume muito bem o feeling do restante do episódio. Loquareeous é um garoto agitado, que tem problemas na escola. Ao ver ele sendo disciplinado pela mãe, sua professora se assusta com o exagero e resolve intervir, dando início a pior experiência da vida do garoto. Claro, que a mãe se exaltou expulsando ele de casa quando o serviço social dá às caras, mas dá a entender que ela se sentiu traída e que sabia que ele voltaria alguma hora, já que ele tinha tudo do bom e do melhor ali.
A questão por trás do episódio é como brancos veem negros numa posição que precisam ser salvos... menos quando o perigo são outros brancos. A professora do menino viu com total horror uma mãe colocar o filho para dançar no meio do corredor e três tapas, mesmo que a punição para crianças ditas como problemáticas ser muito pior que isso na prática. No entanto, não se vê o mesmo horror quando o mesmo garoto é colocado numa casa com duas malucas que o deixam passando fome enquanto o colocam para trabalhar para elas. Nesse momento, mesmo o garoto pedindo socorro - o que não aconteceu com o caso da mãe biológica - ele é ignorado, afinal qual o perigo que duas mães brancas com outros três filhos adotivos negros podem oferecer?
Apesar do clima de horror a la Jordan Peele dominar o episódio, os toques pontuais de comédia estiveram presente de uma forma muito boa. A piada com a Rihanna foi excelente. A placa do "Free Hugs", hilária. E a manchete do jornal com Loquareeous abraçando o policial sendo transformada em um ato comovente - baseada em fatos reais, por sinal - foi genial.
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