Exibido em: 31-Mar-2022
Ultima edição: m6freitas | Editar minissinopse |
![]() |
“A terceira temporada é sobre maldições e a maldição da brancura” — Stephen Glover
Role aleatório encorpado de crítica social. Assim, o próprio local escondido já é uma crítica né, é a riqueza construída em cima da pobreza. Segundo, tem a recusa do Alfred em reconhecer uma suposta relação de poder com o Fernando, apesar de ser um branco bilionário, Al mantém sua mesma linguagem tanto verbal quanto corporal de sempre e além disso meio que estraga a história dele. História essa que Fernando converte em um conto envolvendo espíritos, fantasmas, a meu ver, propositalmente para dar uma lição de moral: "I did what any man in my position would do". É levantado que Fernando fodeu o fantasma "he fucked it", Fernando se incômoda ""wasn't physical" e Al inverte dizendo que o fantasma fodeu Fernando "The spirit came on you, my nigga. That's a bust-and-run where I'm from." Fernando decide então não pagar os $40.000. A interpretação do fantasma ser o homem da fotografia e toda analogia com o Al tbm é interessante visto que fantasmas estão ecoando desde a primeira cena desta temporada. Todo o plot do Dairus com a MK envolve uma certa militância egoíca, performática e superficial por parte dos brancos, note em que em nenhum momento eles decidem escutar como o Darius se sentiu diante daquela situação. Socks não só não ouve Darius como inflama toda a história adicionando umas palavras que a moça sequer falou. Como consequência ela é chamada de fascista e tem seu casamento cancelado. Posteriormente vemos uma conversa do Darius onde ele diz que achou que ali, na alta sociedade, seria mais sobre classe e não racismo, em seguida é dito para ele que racismo e capitalismo é difícil de ser separado, Dairus então treplica dizendo que uma coisa só tem valor se outra coisa tiver menos valor. Tem uma punch-line nessa conversa que é sobre onde vende Pespsi não ter racismo, isso remete a um AD controverso da Pepsi em 2017. É interessante notar como há mini esculturas, pinturas e um fast-food sul-africanos (Nando's) ao redor da casa, mas mais marcante é quando o Earn nota a fotografia (que Van já tinha olhado atenciosamente antes, talvez um dos motivos dela jogar o povo na piscina) de três homens brancos, imagino que um deles ancestrais de Fernando, dizendo algo sobre um banco na Cidade do Cabo e atrás deles um homem negro (óbvio que uma situação de exploração está envolvida ali), lembra a exploração na África do Sul, a origem da riqueza de Fernando talvez? É neste exato momento que Earn decide aplicar o mesmo esquema golpista de TJ: "White kids be scammin' all the fucking time. Hell you think TikTok is? Shit, black kids need to scam more". Novamente mais um episódio ótimo de Atlanta, engraçado, caótico e com várias nuances envolvendo classe, raça e capitalismo. É impressionante como cada coisa é bem pensada, ansioso pra próxima semana.
|
![]() ![]() ![]() |
![]() |
earn falando que não vai apoiar uma pessoa negra sem talento só pq é negra e q aquele artista está enganando o cara branco, mas daí percebe que aqueles brancos sao tds racistas e começa a sacanear tb hahah
|
![]() ![]() ![]() |
![]() |
alfred serrando a árvore kkkkkk chorei de rir, e ele ainda fez é pouco
|
![]() ![]() ![]() |
![]() |
"Something only has value if something else has less value."
|
![]() ![]() ![]() |
![]() |
passei mal com os brancos antiracistas, essa série é atual demais
|
![]() ![]() ![]() |