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O que eu acho fantástico sobre essa série, é como ela sempre sai do óbvio. Nada é simples ou acontece como aconteceria rotineiramente. Onde já se viu festa surpresa para contar que alguém morreu? Esse lado inusitado é bastante sem-noção, mas balanceia e dá o lado engraçado (por mais absurdo que nos pareça toda a situação). Acho que com isso, o drama se torna ainda melhor, porque não fica naquela coisa "quando é drama é drama, quando é comédia é comédia". Assim como na vida real, as duas coisas se mesclam, mudam de um lado para outro em segundos. Apesar dos exageros dos personagens, tornando situações que poderiam ser bem mais fáceis de resolver em algo impensado, a vida real REALMENTE tem sua cota de absurdos.
Nem por isso vou defender cegamente. Ainda tem coisas que precisam ser trabalhadas melhor, e volto a bater na tecla sobre o problema do Edgar (aliás, referências de In the Heights foi tão ruim, mas tão boa). Ele tem um passado bastante denso e, por isso, acho que se o explorassem bem, ele poderia ser ótimo para a série. Sem contar que ver todos os ignorando está me doendo tanto quanto antes me doía a dor silenciosa da Gretchen. Já foi provado que o grupo de personagens de You're the Worst é altamente disfuncional, não há nem o que questionar. Mas, até então, eles têm dado suas formas loucas de se ajudarem quando é realmente necessário, então espero não me decepcionar com esse plot do Edgar.
No mais, acho que a Gretchen continua se escondendo e barricando seus sentimentos como forma de autopreservação. Porque abrir as cartas foi doloroso, então aqui ela ficou tentando fugir do assunto desviando com o cruzeiro e os animais famosos. Mas o fato é, o Jimmy esteve lá por ela quando ela precisou e eu acredito que, no fundo, ela também quer estar lá por ele... Vale lembrar, que foi ela quem comentou com o Jimmy e disse o primeiro "eu te amo" (sóbrio, pelo menos). Acho que ela só tem medo de todo esse lance de amor/sentimentos/sensibilidade.
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