Exibido em: 22-Jul-2016
Ultima edição: Ronaldo | Editar minissinopse |
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"in this terrifying world, all we have are the connections that we make."
doeu e não foi pouco
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Eu tinha lido sobre um episódio praticamente sem diálogos em algumas reviews antes da temporada estrear, porém não esperava um episódio tão bom no nível dos ótimos Let’s Find Out e Escape From L.A. tão rapidamente.
O que é fantástico nesse episódio é ser aqueles exemplares onde você precisa contemplar e sentir. A falta de diálogo é compensado por lindos visuais; construção do universo aquático que não tínhamos tido a oportunidade de visitar ainda; trilha sonora incrível que vai se adaptando conforme o que o momento pede; e BoJack em uma situação mais vulnerável, onde encontra-se culpado pelo que aconteceu com Kelsey. Mas o destaque realmente é quando um filhote de cavalo-marinho fica junto de BoJack e esse precisa levá-lo de volta ao seu pai. Toda a sequência envolvendo esses dois é fantasticamente linda e muito bem animada. Amei o filhotinho facilmente e amei mais ainda BoJack passando por tanta coisa para mantê-lo a salvo, enquanto a criança fazia suas traquinagens. E o que melhor que terminar o episódio com BoJack descobrindo que poderia falar esse tempo todo? É um dos maiores twists que já vi, feito de forma mais simples possível apenas pra ser cômico provando que a série é, acima de tudo, uma ótima comédia. Enfim, facilmente um dos melhores episódios do ano. Não consigo deixar de esbanjar elogios pra essa mitagem.
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Um dos episódios mais criativos que já assisti
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Senti uma pontada do vazio existencial na jornada do BoJack, aquela angústia e desânimo que não só o ambiente proporcionou, mas o próprio personagem. Muito curioso é que a citação de Sartre no início do episódio entrega o tema trabalhado na série que está mais forte nessa temporada: a condição existencial. Dá para ver isso de várias formas, que vão de situações e até comportamento dos personagens. Mas falando especificamente dessa temporada, no primeiro episódio, BoJack reflete sobre não ficar totalmente satisfeito na vida mesmo com o Oscar, que o fará ser lembrado pelas pessoas de alguma forma. Aí no episódio passado, vemos Cuddlywhiskers dissertar sobre como o Oscar acabou por não ter tanto impacto assim pra ele. Parece que, querer tanto ser reconhecido por talento, ter fama, ter um prêmio que concretize essa alusão, acaba no final das contas, mesmo após as conquistas, não suprir os vazios que assombram a existência. Indiretamente, BoJack vive uma vida que para ele não faz sentido, ele não se sente completo. Alguma coisa falta. E o ambiente marítimo entregou um dos tons mais melancólicos e belos que já vi. Souberam muito bem trabalhar com a linguagem visual que é mais exigente e ainda sincronizaram com uma boa trilha sonora.
O filhote marinho foi uma boa sacada. Faz total sentido BoJack se esforçar tanto por um ser que é uma criatura inocente. A sequência dos dois foi fantástica. Gostei muito também de como brincaram com essa questão de ser o cavalo marinho macho que engravida e dá a luz aos filhotes. Muito hilário aquela revista evidenciando que sim, esse tipo de coisa existe na natureza. A forma como essa série insere uma temática tão complexa e ainda brinca fazendo humor me fascina. Você passa o episódio viajando, refletindo, uma experiência completamente sensorial que por vezes é até incômoda por BoJack não conseguir se expressar, e de repente, tudo é quebrado como uma simples queda de um copo de vidro ao chão: ele podia falar o tempo inteiro. Indignante, mas engraçado.
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só sei que eu amei esse episódio do bojack na fenda do biquini
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