 |
Este é, definitivamente, o melhor episódio de toda a série para mim, ao menos até aqui. Desde o início gostei do clima que fugiu um pouco ao roteiro padrão da série. Gosto das aventuras na nave auxiliar Galileu, é bom ter outro ambiente além da Enterprise. O planetoide no qual desceram tinha uma ambientação muito interessante. Mas o mais legal mesmo foi ver o desenrolar da história. Cochrane é uma personagem interessantíssima. A aparição daquele homem foi, como diria Spock, fascinante. Passou realmente a sensação de solidão, de alguém que estava "perdido" há muito tempo. Outra coisa que me cativou foi a forma de vida relatada. Gosto bastante quando mostram formas de vida não-humanoides, como essa. E essa, além de tudo, sequer possui matéria, sendo um ser feito de energia (no caso, a elétrica). O episodio, contudo, utiliza alguns conceitos científicos não tão acurados, como o fato do binarismo macho e fêmea ser uma constante no universo. Não é, de fato. Até aqui na Terra já se constatou a existência de outros gêneros, de criaturas assexuadas, etc. Mas, de toda forma, foi interessante a construção do amor retratada. Imaginei algo parecido com o que foi mostrado no filme Her, mas visto por uma outra perspectiva.
Eu teria dado dez a este episodio se não fosse por algo que me desagradou bastante (e não me refiro a Spock sendo irracional e encostado na "Companheira"), o fato de que a Comissária, no fim das contas, não teve muita escolha, pois acabou sendo parte de uma simbiose da qual não foi consultada para participar. Não gosto do tom como a mulher é retratada como sempre necessitada de amor e da companhia masculina, mas isso é uma constante na série.
Aplausos ao desenvolvimento do roteiro e ao episódio que realmente conseguiu me prender do início ao fim.
|
7
0
0 |