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Ok, começando pelo Doug: inegável, surpreendente e caprichado o destaque o desenvolvimento que esse personagem teve nessa temporada. Em uma brilhante interpretação do Michael Kelly, diga-se de passagem. Fico agradecido pelos roteiristas terem feito um trabalho tão magnífico aqui, desde o primeiro episódio, onde ele obteve muito mais destaque que o protagonista.
É curioso notar também que nesse último episódio, Doug, agora acompanhado da Rachel, também roubaram muito tempo de tela do Frank. À primeira vista isso poderia até parecer desnecessário, chato, mas o arco narrativo que o personagem recebeu exigia uma coisa assim. E eu fico extremamente satisfeito.
Só sei que senti meu coração disparar, quase sair pela boca, com as sequências finais envolvendo ele e Rachel. Por um momento eu realmente pensei que fosse deixá-la viva. Torci pra que ela tentasse, de alguma forma, desviar o caminho, ou se esconder... Impactante demais quando a imagem já corta pro corpo dela sendo enterrado. Não pude deixar de sentir ódio mortal pelo personagem.
Sobre Claire: primeiramente, palmas lentas pra Robin Wright, que PRECISA ser indicada ao Emmy por Melhor Atuação Dramática. E segundo, a personagem também cresceu, brilhou demais e surpreendeu bastante. Deu pra entender perfeitamente o ponto de vista dela em relação ao Frank ser presidente dos Estados Unidos e ela, apenas a primeira dama. Ela teve um papel crucial pra levar os dois pra onde estão agora e realmente é frustrante ver que sempre estará submissa e rebaixada aos olhos de todo mundo. E olha as coisas que já aconteceram nessa temporada, ein. Foi obrigada a renunciar o cargo que tanto queria, de uma hora pra outra...
Já o Frank passou MUITO dos limites naquela MARAVILHOSA sequência no Salão Oval, e não é à toa que Claire tenha decidido deixá-lo. Dava, sim, pra imaginar que o casamento fosse entrar em crise por conta da obsessão que ambos os personagens tem por poder. Mas não esperava que isso fosse ocorrer agora – embora esse 3x13 tenha deixado nítido que a Claire iria fazê-lo em alguns momentos. Ele, como era de se esperar, ficou cego após chegar ao cargo mais almejado de poder que uma pessoa poderia querer. Quero só ver como essas coisas vão se desenrolar no próximo ano...
Sobre o episódio em geral: foi MUITO bom, sim. Mas esperava um pouquinho mais do desfecho Underwood. Achei um pouco anticlimático, não superou a expectativa que os 12 episódios anteriores tinham feito crescer em mim. Faltou um impacto maior, como ocorreu na última cena da 2ª temporada.
Já a temporada foi impecável e disparada a melhor da série. De fato, muito mais madura, com temas atuais sendo discutidos de forma coesa, dentro do que a série propõe. Fiquei muito satisfeito e já me bate uma tristeza por ter que esperar um ano inteirinho pra acompanhar essa trama de novo.
Minha única ressalva: Frank praticamente abandonou o hábito de falar conosco. Era um artifício ótimo que foi um tanto deixado de lado nessa temporada. Uma pena.
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