Normal, a mulher do meu irmão é assassinada em casa e eu vou transar na cena do crime com meu parceiro de investigação, sempre faço isso.

Admito que sou meio sádico. Eu gosto bastante de ver como os personagens lidam com determinada morte. Eu gosto de reparar como cada um age de forma diferente e como isso os afetam e, por trabalhar isso tão bem, Dexter teve, pra mim, a melhor season premiere até agora.

Dexter passou o episódio inteiro sem saber como lidar com as emoções, sem saber como falar com as pessoas ou resolver as coisas em relação ao funeral. Dex não sentia tristeza, mas sim raiva. A morte da Rita foi culpa sua por demorar tanto em matar Trinity. E também por, no começo, aproximar-se dela apenas para o disfarce.

Os momentos finais, com Dex matando um cara aleatório e urrando de raiva e culpa foram ótimos. Michael C. Hall estava incrível nesse aqui. E, no final das contas, ele descobrindo que realmente amou Rita foi pra mostrar o quanto a personagem conseguiu humanizá-lo sem saber, coisa que, se fosse outra mulher, poderia muito bem não ter conseguido.

Outra também que se destaca é a Deb.
Ela pode até não ser uma personagem complexa como seu irmão, mas é incrível como os roteiristas desgastam a personagem emocionalmente. Após tantas desgraças como ficar noiva do ITK e a morte de Lundy, é triste ver ela totalmente acabada por não saber o que Dexter pensa sobre a morte da esposa.
Jennifer Carpenter sempre se mostra uma surpresa nesses momentos.

Deu pra perceber que Quinn pode ser um dos maiores obstáculos dessa temporada para Dex e, sinceramente, não sei se acho isso bom ou ruim. Não acredito que Quinn tenha a mesma carisma que o Doakes tinha para tal façanha.
Além disso, espero que os roteiristas não inventem de juntá-lo num romance com Deb.

No mais, vamos ver se essa temporada afunda tanto a série como muitos dizem.

A Julie Benz interpretou e conduziu a personagem de uma maneira apaixonante, Rita vai fazer muita falta na série.

Esse foi um dos episódios mais trites que eu já vi, muito tenso e com excesso de dramatismo, aquele episódio que faz qualquer um ficar pelo menos pensativo.
O único modo que o Dexter encontrou pra expressar sua dor foi ironicamente o Dark passenger, até pensei que ele iria falar um ''eu te amo'' no enterro, mas foi por pouco.

Premiere excelente mesmo já sendo previsto, agora é só esperar uma boa temporada, pq igual a quarta... tenho certeza que nenhuma futura chegará no mesmo nível.

Ao contrário da maioria dos fãs, eu adorava a Rita, então fiquei triste ao vê-la morta naquela banheira.. Esse episódio foi lindo. Queria muito que o Dexter chorasse e colocasse pra fora a dor e raiva que ele estava sentindo. (irônico que tenha sido através do Dark Passenger) A parte em que ele fala no funeral da Rita me deixou muito emocionada, principalmente no final, quando ele admite pra si mesmo que a amava.

Sem estruturas com esse episódio, não importa quantas vezes assista são sempre as mesmas sensações...
Michael e Jennifer são dois puta atores, eles são demais.
Como não gostar do Dex? O jeito intrigante como ele lida com a morte da Rita... É totalmente irônico que o único modo que ele tem pra colocar o que está sentindo pra fora é através do Dark Passenger. Astor e Cody me fizeram chorar também :(
E a Deb, cara, é a personagem mais emocionalmente fudida e ainda assim a maior preocupação dela é não saber o que o irmão está passando.
Todos os flashbacks deles, e a cena final do funeral com o Dex finalmente percebendo que além de se importar com ela ele também a amava é demais...
Sempre vou sentir falta da tolinha da Rita, por mais chata que ela tenha sido as vezes.

"But I know I have to try... here in Miami with the people who knew her, who cared about her, who loved her... Like I did."