Exibido em: 16-Jan-2024
Ultima edição: Jonathan Ferreira | Editar minissinopse |
As coisas estão voltando ao normal: temporada incrível de Fargo.
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lorraine lyon uma das maiores lobas de todas as séries
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É o último textão do ano, prometo :)
Para quem achou estranho esse final focado no Ole Munch, vou dar aqui minha visão do significado disso tudo. Não tenho a pretensão que seja algo definitivo ou infalível, mas sim acrescentar o que interpretei ao longo dessa temporada. Como estabelecido no 1º episódio e consolidado ao longo da temporada, nesse ano Fargo quis tocar no assunto de problemas sociopolíticos de nosso tempo: nervos coletivos aflorados (um dos efeitos das redes sociais), ascensão do extremismo político, bilionários comprando o sistema, violência doméstica e machismo, etc. Ole Munch é o cara que, segundo ele mesmo, é o "comedor de pecados", ao ponto de absorvê-los (nós somos o que comemos, afinal). Ele cumpriu a cota da temporada de personagem que é vivo em carne e osso, mas que também flerta com o sobrenatural. No caso, creio que Munch seja a personificação, em carne e osso, do estado atual da sociedade. Em muitos momentos Fargo tentou vender a ideia de "gentileza gera gentileza" (e também do Minnesota nice), implicando que falta isso nos dias de hoje e isso é capaz de mudar esse cenário de convulsão social que vivemos. Por isso achei um final excelente e que respeitou a essência da temporada: Ole Munch foi na casa de Dot, Wayne e Scotty para cobrar a dívida final, continuar perpetuando os pecados e a violência de sempre. Mas a Dot, que é o tigre, não foi domada. Ela foi a domadora. Em vez de demonstrar medo do Munch, ela foi ignorando todo o mal que ele tentava trazer e sempre desviava a conversa para um lado bondoso, gerando uma situação bizarramente engraçada, bem ao estilo Fargo. Através de gentileza, ela fez o cara trabalhar na cozinha com ela e depois comer a refeição junto com aquela família que é simplesmente adorável. E o final foi o mais simbólico possível: ao invés de se alimentar de pecados, Munch se alimentou do amor. Do amor que a Dot e sua família botaram no processo daquela refeição, reflexo do amor que os 3 têm um pelo outro. A cena final ser um close na cara do Munch comendo aquilo e adorando é Fargo dizendo pra gente ao estilo mais Fargo possível: acabou! Munch não vai mais machucar a Dot e eles estão finalmente a salvo. Tanto a família da Dot, quanto o próprio Munch (após séculos de sofrimento se alimentando do mal e perpetuando ele). Através de sua bondade, Dot e sua família mudaram pra melhor o Munch, ou seja, mudaram pra melhor o estado atual da sociedade. O amor e a compaixão genuínos quebram o ciclo e tem potencial de iniciar um novo, muito melhor que o anterior. Uma temporada espetacular! É oficialmente a minha favorita de Fargo.
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a finale apenas confirmou que essa foi a melhor temporada desde a segunda
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Muito lindo que, depois de tanta violência, o amor salva as pessoas.
Munch era um homem temido e escorraçado, ninguém nunca ouviu a história dele. Foi a Dot parar pra ouvir e viu que a história dos dois era mais parecida do que a gente achava. Os dois sofreram com abusos que deixaram feridas profundas na vida deles. Mas Dot encontrou o amor do marido e da filha dela e se curou e ela percebeu que poderia fazer o mesmo pelo Munch, que era mais uma vítima da sociedade
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