 |
Essa terceira temporada está realmente sensacional! Esse episódio em específico teve uma carga filosófica que gera muitas discussões frutíferas.
Inicialmente, há o debate óbvio sobre a questão filosófica da beleza, noção esta criticada por Spock, crítica que se estende não só ao pensamento em si, mas também a relutância em continuar reproduzindo preconceitos estéticos.
Além disso, há uma personagem feminina muito forte. Diferente da maioria das personagens femininas em Star Trek, ela não possui preocupação alguma em ter um homem em sua vida, no sentido afetivo. Pelo contrário, o engenheiro que era apaixonado por ela, implorava para que ela não fosse embora, mas ela colocava sua carreira profissional acima de qualquer outra coisa. E aí um outro ponto de discussão é levantado: o que é ser mulher? Quando confrontado com a partida de sua "amada", o engenheiro diz que só agindo um paciente para que ela lhe dê atenção e que ela poderia agir ao menos uma vez como uma mulher. Para sua época, a série é bem avançada e progressista, mas ainda é possível ver os pensamentos que permeavam a cultura. De qualquer forma, ela mantém-se firme.
Pelo teor profundo, crítico e desafiador da trama eu não poderia deixar de considerar este um dos melhores episódios da série.
|
9
0
0 |