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Episódio fantástico, angustiante e sobretudo, provocador. Para quem desconhecia, assim como eu, "catarse é uma palavra utilizada em diversos contextos, como a tragédia, a medicina ou a psicanálise. Significa 'purificação', 'evacuação' ou 'purgação'". Neste episódio conseguimos atestar a grande essência da série: só conseguimos chegar ao inconsciente, através do desenvolvimento da consciência. E quando chegamos lá, estamos preparados para o que iremos ver? Freud lida com o fracasso, a partir de quatro pessoas que o 'menospreza', seu pai e os dois médicos. Já o inspetor, representa o mais angustiante que podemos atestar: e se ao 'ver' meu inconsciente me depará comigo mesmo? Existe pior inimigo que nós mesmos? Por fim, minha gente, Fleur. Há que se ter compaixão com a mulher. Não é só o sofrimento em si, mas como anos ela deixou se alienar pela condensa e pelo conde e pelo trauma que isso gerou em uma vida. Na conversa com Freud, Fleur fala sobre seus medos e no seu inconsciente encontra a causa de todos os problemas: a condessa. "Mas você decide quem quer ser. Que caminho tomar. O poder deles [conde e condessa] tem limites. Limites que você impõe, Fleur. Fleur, você precisa se expressar! O que você quer?", insiste Freud.Obrigado, Netflix! Em tempos de quarentena, uma série para questionar sobre a nossa sanidade mental.
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